terça-feira, 29 de janeiro de 2008

APRESENTAÇÃO


IGNORÂNCIA QUE LIBERTA. LIBERDADE QUE IGNORA.

Vivemos a mercê de um mundo perverso.
Escravos de nossos próprios medos.
Reféns de nossos sentimentos e emoções.
Escravizados pelas leis, pelos maiorais.
Servimos com submissão há gerações.
Damos o sangue em troca de futilidades.
Nosso suor por miseras questões.

Liberdade que sufoca nossa vontade de lutar.
Que extirpa lentamente a nossa vida.
Em nome da escravidão de ser livre.
Somos escravos de um mundo desprezível.
Escravos de nossas vontades, de nossas paixões.
Escravos dos vícios e das virtudes.

Grilhões nos limitam por toda parte.
Correntes nos prendem ao destino.
Um destino cruel e escarlate.
Somos fantoches de um mundo imaginário.
Escravos de culturas e de seus dogmas.

Submetemo-nos à luz e às trevas.
Vulneráveis ao bem e ao mal, ao amor e ao ódio.
Somos servos da vida, escravos da morte.
Vivemos presos até mesmo pela esperança.
Tolice essa, que insiste em nos iludir.
Pelo anseio de não sermos mais escravos.

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